O que é a osteoporose?
Diferente da osteopenia, a osteoporose é uma doença caracterizada pela acentuada desmineralização óssea, que resulta em ossos porosos e muito frágeis. Os fatores de risco para osteopenia e osteoporose são os mesmos.
Na maioria dos casos, a osteoporose é primária, ocorrendo de forma espontânea devido ao histórico da pessoa. Contudo, a osteoporose também pode ser secundária, causada por outras doenças e medicamentos, como diabetes, síndrome de Cushing e hipertireoidismo. Embora não seja uma doença exclusiva de pessoas idosas, ela se torna mais grave em faixas etárias avançadas, devido ao maior risco de quedas.
O que é osteopenia?
A osteopenia é uma condição relacionada à perda de massa óssea, que ocorre de forma natural e gradual. Esse processo pode levar a situações mais graves, como a osteoporose, uma doença que compromete diretamente a resistência dos ossos devido à grande perda de massa óssea.
Isso ocorre porque os ossos estão em constante processo de renovação. A osteopenia representa um desequilíbrio nesse processo, onde há um contínuo processo de decomposição e reconstrução óssea, ação realizada por três tipos de células: osteoblastos, osteócitos e osteoclastos.
As células chamadas osteoblastos são responsáveis pela produção da matriz óssea que compõe o esqueleto. Já os osteócitos são células maduras, com a função de regular a quantidade de minerais presente no tecido ósseo. Por fim, os osteoclastos são células gigantes que realizam a reabsorção da massa óssea envelhecida, substituindo-a por novas matrizes.
Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o diagnóstico de osteopenia é confirmado quando a pessoa apresenta densidade mineral óssea entre -1% e -2,4%. O pico da densidade óssea é atingido em torno dos 30 anos e pode ser mantido por muito tempo com uma dieta equilibrada e adequada. No entanto, fatores genéticos podem interferir, levando à osteopenia e osteoporose.
Qual a diferença entre osteopenia e osteoporose?
A osteopenia e a osteoporose apresentam mais semelhanças do que diferenças, por estarem intimamente relacionadas, sendo uma a evolução da outra. A perda de densidade óssea é preocupante na osteopenia, mas não é suficiente para causar fraturas, que são comuns na osteoporose.
Além disso, o aspecto poroso dos ossos se torna mais evidente na osteoporose e, mesmo que as fraturas não sejam dolorosas ou evidentes, elas podem causar deformações ósseas, prejudicando a qualidade de vida do indivíduo.
Assim como a osteopenia, a osteoporose é uma doença silenciosa. A diferença está nas dores nas costas, redução da estatura e deformações na coluna, sintomas frequentemente relatados na osteoporose.
Enquanto a osteopenia é uma condição que pode ser revertida ou retardada, a osteoporose é uma doença sem cura e difícil de reverter. Por ser assintomática, ou seja, sem sintomas aparentes, quando descoberta, geralmente já está em estágio avançado. Entretanto, é possível realizar um tratamento que desacelere o processo de degeneração óssea.
Diagnóstico e tratamento
O exame recomendado para identificar a perda óssea, seja ela leve ou grave, é a densitometria óssea. Como a perda de cálcio do osso ocorre de forma silenciosa, o diagnóstico da osteopenia e osteoporose só pode ser feito por meio deste teste. A densitometria óssea é um exame de radiografia que avalia regiões do corpo, como quadril e coluna, possibilitando a detecção do tipo de perda de massa óssea.
Após o diagnóstico, o tratamento da osteopenia e osteoporose pode ser realizado por meio de medicamentos ou abordagens não medicamentosas. O objetivo principal é a reposição de vitamina D e cálcio, além da prática de exercícios que fortaleçam a estrutura óssea do indivíduo.